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lyrics

"The dose of fatigue produced by labor is required for the assimilation of all televised decrees. WORK is the best police, retaining each individual by the brake of marketing slavery and forbidding the development of reason, of desire and of the pleasure of independence. Work subtracts the time and energy necessary to reflection, to dream, to concern, to love and to hate."

Farewell

Silence to the hills will prepare a farewell
to the best feelings that we once had
Our hearts are empty as well as our homes
Our hearts are empty as well as our mouths
Our hearts are empty as well as our lives

Buying what is already ours

Producing what you will never own
(our happiness)
Producing what you will never enjoy
(our sadness)

The images do not show the slums
The flowers on the television
are not grey as our flowers

Producing what you will never own
(our sadness)
Producing what you never enjoy
(our happiness)

The images do not show the slums
The yellow smiles on the television
offer the colors that are already ours

Without thinking
Without feeling
Without dreaming
Without living

I gave you a home
I was poor
I spent smiles of struggle
Struggling for you
I spent smiles of struggle
Bleeding for you

Struggling for you
Bleeding for you

Work
Consume
Die

"A dose de fadiga produzida pelo trabalho é necessária para a assimilação de seus decretos televisionados. TRABALHAR é a melhor polícia, retendo cada indivíduo pelo freio e impedindo o desenvolvimento da razão, do desejo e do prazer da independência. Pois faz despender enorme quantidade de energia nervosa, e subtrai essa energia à reflexão, à meditação, ao sonho, à inquietação, ao amor e ao ódio. "

Adeus

O silêncio aos montes vai preparando um adeus
aos melhores sentimentos que você um dia possuiu
nossos corações estão vazios assim como nossas casas
nossos corações estão vazios assim como nossas bocas
nossos corações estão vazios assim como nossas vidas

Comprando o que já lhe pertence

Produzindo o que nunca irá ter
(sua felicidade)
produzindo o que nunca irá desfrutar
(sua tristeza)

As imagens não lhe mostram os subúrbios
as flores na televisão
não são tão cinzas como nossas flores

Produzindo o que nunca irá ter
(sua tristeza)
produzindo o que nunca irá desfrutar
(sua felicidade)

As imagens não lhe mostram os subúrbios
sorrisos amarelados na televisão
te oferecem as cores que já lhe pertencem

Sem pensar
Sem sentir
Sem sonhar
Sem viver

Eu te dei um lar
eu era pobre
eu gastei os sorrisos de luta
lutando por você
eu gastei os sorrisos de luta
sangrando por você

Lutando por você
Sangrando por você

Trabalhar
Consumir
Morrer

O que resta de centelha de vida, quando somos arrancados às seis da manhã de nossos sonos intranquilos, sacudidos através de trilhos sob os trens suburbanos, espremidos diante da massa desconhecida em ônibus apertados, ensurdecidos pelo barulho das máquinas e empurrados, ao final do dia, para os lotados saguões das estações - momento em que a multidão comunga a fadiga e o embrutecimento solidário?

Vista, assim, da perspectiva do poder econômico, a vida cotidiana não passa de um tecido de renúncias e de mediocridade. Renunciamos viver em liberdade, renunciamos ter esperanças, renunciamos acreditar em verdadeiras mudanças, renunciamos ser solidários, renunciamos sentir compaixão pelos outros seres que dividem essa prisão social conosco, renunciamos amar e nos sentir amados. Trocamos nosso senso crítico e abraçamos, calorosos, a mediocridade. A vida é, de fato, um verdadeiro vazio.

Da adolescência à aposentadoria, a repetição das vinte e quatro horas se sucede com seu mesmo estilhaçamento, como balas que atingem uma janela: a repetição mecânica, o tempo-que-é-dinheiro, a submissão aos chefes, o tédio refletido nos ponteiros dos relógios, a dose de fadiga necessária à assimilação passiva dos decretos televisionados criada pelo trabalho. Da aniquilação da energia da juventude à ferida aberta da velhice, a vida é, sempre e diariamente, estilhaçada sob os golpes do trabalho forçado. Tudo isso basta para que possamos viver em um mundo reconfortante de ilusões.

Chegamos, pois, aos limites de desprezo pela vida.

Afogados no desgosto, nunca sentimos tanta raiva por estarmos vivos.

Não é somente um lugar específico (como os centros financeiros) ou uma entidade (como as corporações multinacionais), mas a própria relação social baseada no trabalho assalariado e na troca de mercadoria, que faz com que o lucro seja derivado da extorsão do trabalho não pago efetuado pelo capital.

Além do controle imposto pelo salário, existe a necessidade de controle fora do próprio trabalho, o que significa transformar as pessoas em autômatos em todos os aspectos de suas vidas. Induzindo assim uma mentalidade da futilidade, que aponta sempre para o que é superficial na vida, como o consumo de necessidades criadas pela própria iniquidade do capital.

Dessa ideia geradora, surgiram as grandes indústrias, a fabulosa publicidade e até mesmo universidades. Todas conscientemente dedicadas à convicção de que é preciso controlar as atitudes e opiniões, porque de outra forma a massa humana disforme ganha forma de revolta social, e se torna muito perigosa.

Exatamente por este motivo, cabe bem na mentalidade de um escravo associar o poder à única forma de vida possível. E cabe bem nos desígnios do senhor dos escravos encorajar tal sentimento de dependência. Sente-se agora que o trabalho é a mais eficiente polícia, pois retém cada indivíduo pelo freio e sabe impedir com firmeza o desenvolvimento da razão, do desejo e do prazer da autogestão. O trabalho faz despender enorme quantidade de energia humana, e subtrai essa energia da reflexão, do sonho, da inquietação, do amor e do ódio.

No entanto, há uma contradição insolúvel que atravessa o âmago da sociedade capitalista moderna: é a contradição entre a sua necessidade de excluir as pessoas da gestão de suas próprias atividades, e ao mesmo tempo requerer a participação delas, pois sem a participação humana, essa sociedade ruiria.

Tal sentimento expressa claramente a tentativa dos burocratas de converter seres humanos em objetos, seja através da violência organizada burocraticamente, da mistificação criada pela religião, das novas técnicas mercadológicas para se vender desejos e sonhos ou da manipulação de esperanças de felicidade.

Assim, o funcionamento do capitalismo burocrático cria as condições a partir das quais uma consciência revolucionária pode emergir. Essas condições são parte integrante da totalidade da estrutura social alienante, hierárquica e opressiva.

Sempre que se trava uma luta, se é forçado, mais cedo ou mais tarde a questionar a totalidade da estrutura social e recusar, finalmente, que sejamos tratados de acordo com aquilo que produzimos.

credits

from Work. Consume. Die., released August 29, 2013

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