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lyrics

"People who talk about revolution and class struggle without referring explicitly to everyday life, without understanding what is subversive about love and hate, live and DIE, and what is to refuse their limitations, these people speak with a corpse between their teeth."

Loveless

I threw myself from the highest cliffs
from the most beautiful mountains
I threw myself from the largest buildings

Always knowing that the ground
would be the (final) destination
That the fall would be the path

And the wind would lead life
like carrying pieces of paper

What can we do with the crumbs of theories?

(Normality can properly
Teach people how to live
And how to die)

What can we do with the crumbs of theories?

I tried to hold the air
I tried to hold in the air
I tried to leave the flight
a rough landing
inevitable and painful

And then life became
a scenographic city
if you pull to strong
the walls fall down

Now I see through
these falling walls
That love is the only reason of life
Love for struggle
Love for resistence
Love for freedom

No Compromise
No Excuses

Freedom
By any means necessary

(We turn again to the streets
But we have changed
And the streets mean something different now
We walked and these moments changed us
We saw buildings burning
We were touched by death
We loved and we felt alive
We saw the moon rising behind the barricades
We heard the echo of our voice in the voices of others

We do not walk today
asking the power for grant
They had never legislated peace or freedom
Now their armies cannot occupy our dreams
And their prisons cannot contain our number

This is our world
And these streets belong to us

We are the other,
We are the unemployed,
We are the hungry,
We are the homeless,
We are the thieves,
We are the saboteurs,
We are taking the streets,
We are destroying corporations,
We are taking control of the factories,
We are walking through the night carrying a heart on fire.

all of us,
we are everyone,
we are one.)

"Pessoas que falam de revolução e luta de classes sem se referir explicitamente à vida cotidiana, sem entender o que é subversivo sobre o amor e o ódio, sobre viver e MORRER, e o que representa a recusa dessas limitações, essas pessoas falam com um cadáver entre os dentes.

(sem)Amor

Eu me joguei dos mais altos penhascos
das mais belas montanhas
eu me joguei dos maiores edifícios

Sempre sabendo que o chão
seria o destino final
que a queda seria o caminho

E o vento guiará a vida
como se estivesse carregando pedaços de papel

O que podemos fazer com os farelos das teorias?

(A normalidade consegue
ensinar adequadamente às pessoas
como viver e como morrer)

O que podemos fazer com os farelos das teorias?

(O poder nos teme
é por isso que ele nos persegue e nos cerca
é por isso que ele nos encarcera e nos mata
na realidade nós somos a possibilidade
dele ser derrotado e desaparecer)

Eu tentei segurar o ar
eu tentei me segurar no ar
eu tentei deixar a queda
uma brusca aterrissagem
inevitável e dolorosa

Então a vida se torna
uma cidade cenográfica
se você empurra com muita força
as paredes vêm abaixo

E eu vejo por detrás
dessas paredes despencando
que o amor é a única razão da vida

Amor pela luta
amor pela resistência
amor pela liberdade

Sem acordos
Sem desculpas

Liberdade
por qualquer meio
que seja necessário

Uma sociedade construída primariamente pelo discurso formal é e sempre será mais limitada do que uma sociedade construída pelo diálogo direto entre seus membros e seu meio. O discurso formal, diferente da organicidade do diálogo, é em si, menos complexo, ou seja, representa uma redução do real a um modelo ideal. Tudo o que temos em comum, diante do discurso formal é a ilusão de estarmos juntos.

É chegado o momento em que não existe uma ilusão do tamanho de nossa angústia. Basta estendermos a mão para nos tocarmos, levantar os olhos para nos encontrarmos e, por esse simples gesto, tudo se torna próximo e longínquo, como por mágica.

Foi exatamente isso que aconteceu, eles mentiram, venderam ideias de bem e mal, infundiram a desconfiança de seu próprio corpo e a vergonha pela sua condição humana e social. Eles inventaram palavras de nojo para o seu amor, criaram o pecado para controlar seu desejo. Instituíram o tédio com a civilização e todas as suas emoções insignificantes e mesquinhas.

Por este motivo que de todos os acontecimentos que, diariamente participamos, com ou sem interesse, a busca fragmentaria de uma nova forma de vida é o único aspecto ainda apaixonante. E as pessoas que falam de revolução e luta de classes sem se referir explicitamente à vida cotidiana, sem entender o que é subversivo sobre o amor e o ódio, sobre viver e morrer, e o que representa a recusa dessas limitações, essas pessoas falam com um cadáver entre os dentes.

As leis são regras feitas por pessoas que governam por meio da violência organizada e, quando não acatadas, podem fazer com que aqueles que se recusam a obedece-las percam sua liberdade e até mesmo sejam mortos.

Recusemo-nos então, já que somos capazes de improvisar uma nova cultura. Cada ação como um passo de uma nova dança sem coreografia, um verso livre de uma poesia escrita por várias mãos, uma história interativa contada entre amigos ou uma transa entre amantes interessados nas sensações de prazer de ambos e não na eficiência mecânica do ato.

O caos é anterior a todos os princípios de ordem e entropia, seus desejos primais englobam e definem suas máscaras, como nuvens, como cristalizações de sua própria ausência de rosto. Não há transformação, luta, caminho. Somos os monarcas de nossa própria pele - nossa liberdade inviolável espera ser completa apenas pelo amor de outros monarcas: uma política de sonho, urgente como o azul do céu.

Uma sociedade livre deve funcionar sem a interferência coercitiva de qualquer instituição cultural. Sua organização deve ser natural, já que emerge das relações entre indivíduos e ultrapassa qualquer conhecimento que esses indivíduos possam ter sobre si mesmos, a soma de suas individualidades ou os fatores ambientais que os afetam.

Tudo isso é pensado intuitivamente, sem que seja explicado. Esse sentimento faz com que estejamos despertos naquilo que amamos e até os limites do terror - todo o resto é mobília coberta, anestesia diária, tédio gerado pelos regimes totalitários, censura banal e dor desnecessária.

Não devemos então confundir com luta revolucionária, uma reforma nos meios de exploração das pessoas e do resto da natureza. Aparar as arestas do sistema é torná-lo mais adaptável às pessoas - e nos tornar mais adaptável à ele -, perpetuando sua própria existência.

Assim, se a revolução significar apenas uma explosão de poucos dias (ou semanas, ou meses), a ordem estabelecida - quer ela saiba, quer não - será capaz de superá-la. A sociedade capitalista de classes, no fundo, até mesmo necessita de tais abalos em sua estrutura. Esses tipos de movimentações permitem que a sociedade de classes sobreviva, por forçar uma transformação e uma nova adaptação de seus antigos modelos exploratórios. Um verdadeiro perigo. Explosões que destroem o mundo imaginário, no qual as sociedades alienadas tendem a viver, ajudam essas sociedades a eliminar métodos antiquados de dominação, e desenvolver métodos novos e mais flexíveis que a façam prosperar a custa de nossas esperanças e sonhos perdidos.

Podemos dizer que não podemos apenas quebrar as correntes, já que elas tem uma capacidade de readaptação e remodelação surpreendentes, devemos, sim, aniquilar por completo sua existência, até chegarmos ao ponto em que elas não mais existam.

Nossas ações devem ter por objetivo trazer uma renovação, devemos nos apropriar do que temos criado e que nos tem sido arrancado para ser colocado no mercado.

Nosso sono, nosso sonho, nossa festa.

Ou estaremos sempre vivendo no presente, condenados a nunca experimentar a autonomia, nunca pisarmos, nem que seja por um momento sequer, num pedaço de terra governado apenas pela liberdade.

Chegamos assim ao ponto em que as paredes das construções sociais e a vida em si mesma, se tornam uma cidade cenográfica, basta empurrarmos com um pouco mais de empenho, para que possamos ver tudo vir abaixo.

E o amor é a força necessária para fazer tudo desabar, pois quando se ama não se está pensando em segurança, duração, controle, posse, já que isso corresponde exatamente à forma com que o autoritarismo capitalista de estado se expressa.

É o amor em si mesmo que comanda a intensidade, a beleza, a forma e a duração da liberdade.

Através do amor, atacamos o reino da riqueza, porque essa assim chamada riqueza se apropriou de nossas vidas. Nos defendemos de um sistema que nos toma tudo, até mesmo nossa capacidade de sentir. Queremos viver de outro modo, flexionando a tangente do futuro que conduz atualmente à barbárie, já que está clara a impossibilidade de viver dentro do próprio quadro do capitalismo, do estado, do patriarcado.

É por este motivo que o poder nos persegue e nos cerca. É por este motivo que o poder nos encarcera e nos mata. É por este motivo que o poder nos teme: nós somos a possibilidade dele ser derrotado e levado ao desaparecimento.

credits

from Work. Consume. Die., released August 29, 2013

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